A volta do pó-de-arroz

Todos sabem que o Fluminense é conhecido como pó-de-arroz, mas por quê? A história começou em 1914. Jogadores negros não eram bem aceitos no futebol. O meio-de-campo Carlos Alberto veio do América para o Fluminense e, com receio de ser discriminado por sua cor negra, passou pó-de-arroz no corpo para parecer branco. Mas durante a partida o produto começou a sair com o suor. Desde este dia começou-se a usar o nome pó-de-arroz para falar do Fluminense, até 1999, quando a justiça proibiu o uso do produto por ser maléfico a saúde.

No entanto Os advogados Gabriel Machado e Gustavo Albuquerque, torcedores do Fluminense, entraram na Justiça com uma ação popular pedindo a liberação do pó-de-arroz. Vitória da tradição. E nada melhor para a volta do ato que o primeiro jogo do tricolor carioca no Maracanã pela Libertadores da América, 23 anos após o último jogo do time pela competição.

O jogo em si foi um massacre. O Flu goleou o Arsenal da Argentina por 6×0, jogo onde os cariocas dominaram do começo ao fim sem deixar os argentinos verem a cor da bola. Destaque para Dodô, que após um período meio apagado nas Laranjeiras acordou com direito a um golaço, estilo Zidane. Porém detalhes da partida deixo a cargo da imprensa, pois tudo que eu possa dizer estará lá no noticiário.

Não tinha também como o time fazer feio para a torcida, que compareceu em bom número ao Maracanã, pouco mais de 35 mil torcedores. Festa como há muito tempo não se via, com a torcida cantando o jogo inteiro, jogando junto com o time. A nuvem branca da volta do pó de arroz foi o ato inicial da festa, com direito a créu e tudo. Meus parabéns para a torcida, a verdadeira dona do espetáculo ontem. Que venha o próximo adversário. O Maraca é nosso!